Na noite de Sábado, 3 de Abril (véspera da Páscoa), o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) liberou a abertura de templos religiosos nos municípios.
A medida não foi bem aceita por seu colega de Supremo, Gilmar Mendes, que está tentando enviar o caso para o plenário decidir sobre o assunto.
Kassio Marques defendeu sua decisão, e disse que o momento é de “bom senso e não de hipocrisia”:
“O momento é de bom senso e não de hipocrisia. O Distrito Federal, Estados e municípios têm academias e restaurantes abertos porque se avaliou que seriam essenciais nesta pandemia. E tem muitas atividades funcionando”, declarou Marques em entrevista à CNN Brasil, nesta Segunda-feira (5).
Segundo ele, a religião tem um papel relevante no momento em que vivemos e que está sendo mal interpretada:
“O problema disso é falta de compreensão das atividades das agremiações religiosas. A participação das igrejas é muito importante para amparo espiritual e isso não dá para incluir na cabeça de quem não conhece a sua essencialidade. Tem essa atividade fundamental que é orar e tem uma atividade de acolhimento, assistencial”, acrescentou o Ministro.
E disse também que o que é serviço essencial para um pode não ser para outro:
“O acórdão do plenário definiu apenas competência. E a competência não é privativa nem de Estados, municípios, nem da União. É uma competência compartilhada. Todos podem editar normas sobre esse assunto. Todos têm competência. O que é serviço essencial para um pode não ser para outro”, concluiu.
Fonte: Revista Oeste
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