Em mais um episódio de comentários polêmicos, o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, disse nesta Segunda-Feira, 17 de Agosto, que o Brasil vive uma “recessão democrática”.
Isso porque, segundo ele, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deveria ter permitido a candidatura do ex-presidente e ex-presidiário Lula, em 2018.
Para Fachin, Lula ter se candidatado teria “feito bem à democracia” e fortalecido o “império da lei”.
Além disso, o Ministro disse que houve uma “escalada do autoritarismo no Brasil após as eleições de 2018”. Obviamente ele quis dizer que o Presidente Jair Bolsonaro é o pilar desse tal “autoritarismo”. Veja:
“Esse cavalo de Troia apresenta laços com milícias e organizações envolvidas com atividades ilícitas. Conduta de quem elogia ou se recusa a condenar ato de violência política no passado”
As declarações foram dadas em palestra online no VII Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral. Segundo Fachin, o país se acostumou a viver no abismo e a democracia vive riscos.
“As eleições de 2022 podem ser comprometidas se não se proteger o consenso em torno das instituições democráticas”.
E completou dizendo que o futuro está sendo contaminado por despotismo, ou seja, poder isolado/absoluto:
“O presente que vivenciamos, além do efeito da pandemia também está tomado de surtos arrogantes e ameaças de intervenção. O futuro está sendo contaminado por despotismo”.
Lembrando que em 2018, Edson Fachin foi o único voto a favor da candidatura de Lula. O resultado da decisão ficou em 6 a 1. O ex-presidiário não poderia mais concorrer pois enquadrou-se na Lei da Ficha Limpa.
“Fiquei vencido naquele julgamento, mas a lição ficou pra todos. Não há democracia sem ruído, sem liberdade e sem igualdade de participação. Não nos deixemos levar pelos ódios tradicionais” – afirmou o ministro.
Fonte: Pleno News
Editor-chefe do No Momento. Brasileiro com muito orgulho, apaixonado por esta nação e a favor da democracia e liberdade acima de tudo.